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segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Vampiros: mito ou realidade?

Criaturas da noite que intrigam o imaginário do ser humano há mais de 4000 anos. Capazes de se transformar em morcegos, são imortais e muito fortes. Vampiros: mito ou realidade?

As fascinantes lendas e relatos acerca do Vampiro, criatura que assombra o folclore de diversas culturas, não é um mito moderno. Suas histórias perpetuam-se desde a Babilônia, onde recentemente foram encontradas gravuras de uma criatura estranha extraindo sangue de humanos.
De fato, como acreditam alguns estudiosos de Vampiros, não houve sequer uma civilização que não tratou de forma indireta sobre o mito. Todas já trataram sobre uma criatura que se levantasse de seu túmulo para se alimentar de sangue humano.  

Supostos vampiros extraindo sangue de humanos na Babilônia 


Após a Babilônia, outras civilizações de que se tem registro que já trataram sobre essa besta, foram a Grécia e Roma onde acreditava-se que o Vampiro poderia assumir a forma de uma terrível criatura, com aspecto bestial, chifres, dentes pontiagudos e grandes unhas ou até mesmo a forma de uma bela mulher que seduzia suas vítimas.
Segundo a mitologia Grega, existia uma mulher que chamava Lâmia. Lâmia era a rainha de um reino, localizado na atual Líbia. Certa vez, o deus grego chamado Zeus teve um filho com essa rainha. O problema é que o fato desagradou-o, então, descontente com isso ele se apoderou do bebê. Lâmia não suportou o fato de perder seu filho, então saiu perambulando pelas redondezas matando crianças e bebendo seu sangue.

Outro exemplo de uma vampira pode ser encontrado no folclore hebraico onde se narra a história de Lilith, que foi a primeira mulher de Adão, antes de Eva. Como reza a lenda, essa criatura fugiu do paraíso após ter sido ‘’traída’’ por Adão. Após sair do paraíso ela passou a perseguir todos os filhos que Adão teve com Eva.

Gravura mostrando (da esq. para dir.) Adão, Eva e Lilith


Passando pela Malásia, a descrição do vampiro não se diferencia muito da de outros povos. Nesse caso, a criatura é peluda, tem asas, unhas e uma língua enorme. Esse vampiro costuma invadir casas a noite, atacando principalmente as que tiverem crianças, enfiando sua língua pelo telhado que ao alcançar a criança, abre um buraco nela, por onde ele pode sugar o seu sangue. O que se pararmos para pensar, tanto fisicamente quanto no modo de agir se assemelha a um morcego. Após esse momento que começa a ser assemelhada a imagem do vampiro com a de um morcego.

Desenho do vampiro da Malásia


Agora em meados do século 14, os vampiros tomaram essa forma masculina e sedutora que toma conta do imaginário contemporâneo e inspira muitos filmes, séries e livros.

Talvez o mais conhecido pelo público em geral seja o ‘Conde Drácula’. Drácula foi o nome dado a um livro escrito pelo romancista Bram Stoker no ano de 1897. Esse livro conta a história de Jonathan Harker, um solicitador, que chega a um castelo localizado em uma isolada região na Transilvânia. Ao chegar lá ele se depara com uma estranha figura chamada Conde Drácula. Conforme o tempo passa, o jovem solicitador começa a suspeitar de seu anfitrião até chegar à conclusão de que ele é um vampiro e que agora Harker está preso em seu castelo. 

Bela Lugosi interpretando o temido Conde Drácula no filme 'Drácula' de 1931
O romancista Bram Stoker conseguiu de forma instigante trazer a tona novamente as lendas e histórias de vampiros. Seu romance serviu de base para muitas outras histórias que viriam a seguir, incluindo o filme ‘Nosferatu’, que é uma adaptação da história de Stoker.
Um fato – que inspirou o romance de Stoker – e que enoja muitas pessoas até hoje foi a de Vlad Tepes, conhecido como ‘Vlad, o Empalador’ ou ‘Drácula'.
Seu nome ‘’o Empalador’’ não veio por acaso. Esse nome foi dado devido ao método incomum que ele utilizava para matar suas vítimas: Vlad fincava as pessoas em algumas estacadas posicionadas a seu redor. Assim jantava calmamente no meio delas.
Primeiro, ele gostava de beber o sangue das pessoas que matava nas estacas para depois molhar o seu pão no mesmo sangue e comer.

Pintura de 'Vlad, o Empalador'
Existem ainda pessoas que acreditam que o mito do vampiro trata-se apenas de uma metáfora e uma representação de nossos medos. O mais interessante é que no final dessas histórias, o bem sempre triunfa e os vampiros perdem. Poderia então ser realmente uma metáfora sobre a morte e coisas do tipo.
O fato é que realmente existem algumas doenças que lhe fazem ‘agir’ como um vampiro. Como a hidrofobia que cria nos portadores dessa doença uma estranha vontade de morder os outros, o mais curioso é que além dessa insaciável vontade, a doença também torna as pessoas sensíveis a luz do Sol.


Real ou não, as lendas e histórias dos vampiros até hoje mexem com o imaginário humano. Seria apenas uma metáfora, uma doença ou mais uma criatura desconhecida que está pagando seus pecados com a imortalidade?

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